Archive for the 'Sala de Aula' Category

Diálogo – Academia e Empresas

Maria Inês Felippe – Coordenadora dos cursos de MBA em Gestão Estratégica de T&D

Harmonia de interesses

Como conciliar os interesses numa sala de aula? Para responder a essa indagação, recorreremos ao defensor do interesse próprio, Adam Smith, pai da economia moderna, quando da publicação de sua principal obra – A Riqueza das Nações (1776), na qual argumentou em favor da liberdade, utilizando-se da famosa metáfora da “mão invisível”, reguladora dos mercados, no sentido de deixá-los atuar livremente e assim, os interesses seriam harmonizados. Vejamos o que disse Smith.

“Não é da benevolência do açougueiro…que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele tem por seu próprio interesse. Apelamos não à sua humanidade e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que ele pode obter”. Esse ser individualista, egoísta, de fato parece aflorar nos dias atuais, e em particular nas grandes metrópoles, onde o tempo parece finito (não deu tempo de…) e a luta pela sobrevivência se impõe…

Longe das relações impessoais de mercado, a sala de aula abriga pessoas e sobretudo discentes que, ao primarem Continue lendo ‘Harmonia de interesses’

“Felicidade se acha é em horinhas de descuido”

Felicidade se acha é em horinhas de descuido” (Guimarães Rosa).

Profa. Dra. Maria Aparecida Rhein SchiratoEducar é disciplinar, sem dúvida. É oferecer recursos para as várias provocações da vida adulta. É reivindicar a responsabilidade das escolhas para si, adulto, pais e educadores que têm mais discernimento sobre a vida e seus caminhos. Entretanto, educar é também “ouvir” as brincadeiras prediletas dos pequenos, permitir que eles “criem” situações de faz-de-conta com as quais vão preencher seus pequenos momentos ociosos, onde vestirão a “fantasia do adulto”, imitando-o no seu trabalho, no seu dia a dia, como exemplos a serem seguidos. É aí, na solidão do brincar, que surgirá, eloqüente, apaixonada, afirmativa, a sua voz interior, chamando-o a participar do mundo adulto como um adulto: a sua vocação. É nas horinhas de descuido, despretensiosas do brincar, muitas vezes solitário, com amigos invisíveis, em cenários montados “de mentirinha” que, como diz Guimarães Rosa, achamos a felicidade. É aí que ele escolherá a profissão que quer ter, o trabalho que fará criando – brincando. E, quem sabe, assim, teremos mais crianças felizes e menos adultos doentes. Quem sabe?…

Maria Aparecida Rhein Schirato

O saudoso educador …

O saudoso educador, Paulo Freire, falava que ninguém ensina ninguém, mas não há quem aprenda sozinho. De fato, com exceção do autodidata, temos sempre algo a aprender uns com os outros, ainda mais quando se trata da relação discente-docente, a qual promove aprendizado para ambos, e mais
ainda em nível de pós-graduação, visto que a didática envolve interação recíproca entre mestres e aprendizes. Portanto, na sala de aula devemos ter a pretensão de ensinar, mas também, humildade para aprender.

Raimundo Ferreira de Vasconcelos e Vasconcelos